DIETA TRADICIONAL (ou Covencional ou Low Fat) É a recomendada pelas maiores Organizações Mundiais de Saúde, como WHO, AHA, ADA e pelo Ministério da Saúde no Brasil (Guia Alimentar para a População Brasileira). | Carboidratos: 50-60 % do VCT*
Proteínas: 15- 20 % Gorduras: 20-30 % (sendo <10% de gorduras saturadas) com 500 a 1000 Kcal/dia a menos do que o gasto energético diário estimado.
Recomenda alimentos in natura ou minimamente processados, de baixa Densidade Energética e proteínas magras. Restringe alimentos ricos em gorduras saturadas e trans, açúcar, sal. | - Pode ser de mais fácil adesão a longo prazo | - A resposta lenta pode desmotivar alguns pacientes, que acabam abandonando a dieta, por terem a impressão de que não está surtindo efeito.
- Tem sido criticada por alguns autores, que consideram que ao reduzir o conteúdo de gordura da dieta, as dietas Low Fat causam grande aumento da ingestão de carboidratos, o que acaba favorecendo a Obesidade. |
MEDITERRÂNEA
Não há uma definição exata, mas é o estilo de alimentação seguida por habitantes de regiões do Mediterrâneo onde há cultivo de Oliva. | Gorduras: 35-45 % do VCT* (principalmente monoinsaturadas e poliinsaturadas).
Recomenda alto consumo de alimentos in natura: frutas, verduras, legumes, cereais integrais e oleaginosas (nozes, castanhas e avelãs), proteínas magras principalmente carne branca e laticínios, Azeite de Oliva; pequenas doses de vinho às refeições.
Restringe carne vermelha. | - Eficácia na perda de peso semelhante à da dieta Low Carb e superior à da tradicional.
- Efeito protetor cardiovascular comprovado e estudos sugerem redução do risco de Diabetes mellitus, de alguns tipos de câncer, D. de Alzheimer e de Parkinson.
- Melhora o controle glicêmico em pacientes diabéticos.
- Diminui Triglicérides. | - Pode ser difícil de difícil adesão, devido aos hábitos alimentares do brasileiro. |
DASH
(Dietary Approaches to Stop Hypertension) | Gorduras < 25% do VCT*
Recomenda o consumo diário de 4 a 5 porções de frutas, 4 a 5 de verduras, 2 a 3 porções de laticínios magros.
Restringe alimentos gordurosos. | - Redução da Pressão Arterial. | |
LOW CARB
É toda dieta em que o Carboidrato represente menos que 50 % do VCT* ou totalize menos de 120 g/dia.
Se for também Low Fat, acabam sendo hiperprotéica. | Carboidrato < 50 % do VCT* (ou < 120 g/dia) | - Perda de peso inicial é mais rápida.
- Melhora do perfil metabólico: Diminui glicose e a Resistência à Insulina. | - Perda de peso a longo prazo não é superior à da dieta tradicional.
- Difícil adesão por período prolongado.
- A redução acentuada da ingestão de carboidratos pode gerar deficiência de Triptofano e redução da Serotonina, levando a alteração do humor. |
VLCD
(Very Low Calorie Diet) ou Dieta de Muito Baixa Calorias
e CETOGÊNICA | < 800 Kcal/dia
Carboidrato < 10 % VCT* ou (< 50 g/dia)
Acaba sendo Hiperprotéica, se também for Low Fat | - Perda de peso inicial é muito rápida.
- Ocorre uma redução espontânea do apetite após alguns dias, devido à Cetose e à produção de algumas substâncias que atuam no cérebro, inibindo o apetite.
- Tem indicação formal no tratamento da Epilepsia que não melhora com medicamentos e está sendo estudada na redução de sintomas do Autismo. | - Não deve ser realizada por período prolongado.
- Pode necessitar suplementação para evitar deficiências nutricionais.
- Difícil adesão, exige alto comprometimento
Possíveis efeitos colaterais: náuseas, dor de cabeça, aumento do Ácido úrico.
- Aumenta risco de cálculos na Vesícula Biliar (devido à maior mobilização do colesterol das reservas periféricas de gordura).
- Pode levar a perda de massa magra e prejudicar a Performance no esporte, devido à depleção do Glicogênio muscular. |
HIPERPROTÉICA
As dietas Low Carb, se forem também Low Fat, acabam sendo hiperprotéicas. | Proteínas > 20-30 % do VCT* | - Parece ser superior às demais na manutenção do peso a longo prazo.
- O alto teor de proteínas da dieta tem efeito em aumentar a saciedade e diminuir o apetite. | - Aumenta o risco de cálculos renais (pois aumenta a excreção de cálcio).
- Contra-indicada em pacientes com Doença Renal Crônica avançada. |
PALEOLÍTICA
Descrita em 1985 por Eaton e Konner, como a dieta semelhante a de nossos ancestrais. | Carboidratos: 30 % do VCT*
Proteínas: 30 %
Gorduras: 40 %
Recomenda o consumo de somente alimentos in natura
Exclui laticínios, alimentos industrializados, açúcares grãos, cereais. | - Eficaz na perda de peso a médio e longo prazo.
- Melhora Perfil Metabólico.
- Parece reduzir o risco de câncer de intestino. | - Baixa diversidade dos alimentos.
- Difícil adesão, exige alto comprometimento.
- Baixa Ingestão de cálcio, pode comprometer saúde dos ossos. |
JEJUM INTERMITENTE
Há períodos de Jejum programados.
Nem sempre há restrição calórica.
Há vários Protocolos diferentes. | - 2 dias/ semana com jejum.
- 2 dias/semana com ingestão reduzida de calorias:
500 Kcal/dia(Mulher) e 600 Kcal/dia(Homem).
- Jejum por 12 (ou 14, ou 16) horas/dia. | - Alguns trabalhos sugerem benefícios no Perfil Metabólico.
- Pode ser uma alternativa para aqueles pacientes que pararam de perder peso com outras dietas. | - Contra- indicado em pessoas com Transtorno Alimentar, Hipoglicemia, Diabetes mellitus tipo 1, gestantes, lactantes, crianças e idosos.
- Pode haver perda de massa magra (se não associar com Exercício de Resistência).
- Ainda sem conclusão definitiva sobre a segurança a longo prazo. |
DIETA SEM GLÚTEN
Indicada formalmente para pessoas com Doença Celíaca (apenas 0,7 % da População) ou Intolerância ao Glúten, mas tem sido utilizada por pessoas sem Intolerância. | Exclui todos os alimentos que contêm Glúten. | - Estudos iniciais mostram redução na Circunferência Abdominal, aumento do HDL e potencial efeito de redução do peso. | - Pode se tornar pobre em fibras, o que aumentaria o risco de Diabetes mellitus.
- Pode causar algumas deficiências nutricionais, como de Ferro, Folato e vitaminas do Complexo B.
- Pode prejudicar a saúde intestinal em pessoas que não têm D. Celíaca. |
DIETA SEM LACTOSE
Indicada formalmente para pessoas com Intolerância à Lactose
Seus defensores alegam que a Lactose cause mecanismos de inflamação no organismo, o que levaria ao surgimento de algumas doenças, mas até o momento, ainda não há evidência definitiva de que isto aconteça. | Exclui todos os alimentos que contêm Lactose. | | - Pobre em cálcio, pode prejudicar a saúde dos ossos.
- Elimina uma fonte de proteína de alto valor biológico, que é o leite e derivados. |